Um tigre nunca muda suas listras? - Parte 01


Sabe, eu sempre vou me perguntar “As pessoas mudam?”, nunca tive uma resposta concreta sobre isto, até hoje (logo mais conto por que hoje).

As pessoas não mudam, pelo menos não por si mesmas. Tenho a teoria que as pessoas mudam, mas por outras pessoas, talvez por algumas situações que elas tenham passado durante sua vida. Enfim, o texto será dividido em duas partes, uma falando mais sobre pessoas de que “amam” e mudam, e outra falando sobre amigos que mudam. Que comecem os fogos de indiretas.

Acho engraçado, mas havia duas pessoas na minha família, mas especificamente por parte materna, que em meus olhos de criança, eu pensava “Quando eu crescer, quero ser igual ele/ela”, hoje em dia, meu pensamento mudou para algo, “Quando eu for adulto, não quero mudar como eles mudaram por outras pessoas”.

Vou exemplificar um dos casos… Uma dessas pessoas me fez ser o que sou hoje, me ensinou a ler coisas cientificas, assistia Dragon Ball Z comigo enquanto fazia algo gostoso para eu comer, comprava até mesmo vídeo-games e fitas para jogarmos quando ia a casa dela (ops, falei que é ela) após a escola. Sinceramente, era fantástico! Sentia-me a pessoa mais importante do mundo para ela! Tinha orgulho de dizer, “ela joga vídeo-game comigo!” para meus coleguinhas, e fenomenal a cara deles de inveja e desprezo. Embora, ainda quando jovem padawan (sabe como é né, jovem aprendiz) da vida, ela conheceu uma pessoa (sim, ela era solteira até então), fiquei muito feliz por ela, juro! Só que, logo começou as mudanças. Não jogava mais vídeo-game, não me dava mais aquela atenção que eu tinha, não me comprava as figurinhas que eu colecionava, nem mesmo fazia mais aquele suco horrível de beterraba que eu tomava para agrada-la (sério, era horrível). Hábitos dela mudaram, manias que eram essenciais na sua personalidade, mudaram. E não demorou e ela se mudou, primeiro para uma cidade perto da onde morávamos, mas algum tempo depois que nos mudamos para o Paraná (até então morava em São Paulo), ela se mudou para um estado muito além do sul! Longe da família, amigos, e tudo e tal! Logico, para ele foi totalmente ao contrário. Ele voltou para suas raízes, arrancando ela de nós. E de mãos atadas, não pudemos fazer nada, a não ser dizer “se cuide”. E basicamente, perdemos o contato… Muito por meu orgulho Sayajin. Eu não me sentia mais especial. Claro, eu morria de ciúmes, é o que você esta pensando ‘amiguinho’, e não nego.

O tempo passou, e coisas boas e ruins aconteciam por lá. Ela se mudou para um estado que ninguém a conhecia (como já havia dito), que não tinha NENHUM parente por perto (como já havia dito), tudo por ele (como já havia dito). Até ai “ok”, ela ganhou novas companhias, uma “galerinha da pesada” que mal o ensino fundamental terminou, mas que tinham certeza que plantar era à solução do mundo (para alguém que eu considerava a pessoa mais inteligente que eu conhecia, achei pouco)… Durante um tempo, minto, durante anos, meu maior medo me perseguiu, “E se ela morrer, vai dar tempo de chegar pelo menos ao velório?”, e logo atrás, outra pergunta perturbadora “Ela vai vir me visitar pelo menos uma vez por ano?”.  Bom, nenhumas das duas coisas aconteceram, não fui ao enterro de ninguém e não ganhei minha visita anual, mas a cada ano, eu começava a me importar menos. A cada notícia que vinha de lá sobre as coisas estarem ruins para eles, eu começava a me importar menos. A cada porra de dia, eu começava a me importar menos com ela e viver a minha vida, perto das pessoas que estão por perto.

Mas, às vezes me pego pensando “E se ele for para ‘próxima’ antes que ela, será que ela vai voltar correndo para ‘casa’ achando que vai ter todo aquele afeto novamente?”, “Será que vou conseguir dar este afeto novamente para alguém que até mesmo mudou a religião por outra pessoa?!”, “Será que vou dar afeto por alguém que me trocou? Que não me viu crescendo como havia prometido? Ah, tantas perguntas, não? 

Esta foi minha péssima experiência de perder alguém que você amava por alguém que mal conhecia. Então meu caro amiguinho, eu lhe pergunto, por que as pessoas mudam tanto por um certo alguém? Por que às pessoas esquecem o “resto” por um certo alguém? Isto é certo? Vai acontecer isto comigo? Com vocês? Vale à pena? Ah, me peguei novamente fazendo tantas perguntas, desculpas.

Aliás, feliz aniversário tia, saiba que ainda te amo. ♥



Sem mais palavras para a música. ;)

FOTO ATUALIZADA 19/05/2017 •
A MÚSICA NÃO ESTAVA DISPONÍVEL, ENTÃO NÃO QUIS COLOCAR NENHUMA PARA SUBSTITUIR, JÁ QUE O QUE CONTAVA ERA AQUELE MOMENTO.

3 comentários:

Unknown disse...

bom texto! mudança é algo muito subjetivo, para cada pessoa que passou por isso essa levada de pensamentos duvidosos sobre se "foi bom ;D" ou não tem que ser administrada com muita calma e leva um certo tempo, tirar o melhor dessas experiência frustrantes é o melhor a se pensar em fazer, mesmo q isso tbm seja difícil.

Manu disse...

Muito bonito. Perder pessoas importantes por causa de outras é, realmente, algo muito difícil. O mundo dá muitas voltas. Às vezes, ele mesmo pode acabar respondendo todas essas suas perguntas.
(:

Jeh Introvini disse...

Acho que ninguém deve mudar seus ideais por alguém! Deve-se sim, aprender a conviver com as diferenças tentando se adequar. Mas jamais deixar pessoas ou determinados pensamentos por conta de alguém.

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