Black Ice, parte IV



Bom “amiguinhos” ai está a penúltima parte da viagem do show AC/DC. Então, hoje uma narração dos últimos textos (parte I, II e III) com uma pitadinha de Star Wars, então vamos lá: “Em uma galáxia muito, muito distante... Nossos guerreiros passam por vários desafios até conseguir chegar ao hotel no lado da lado negro favela. Policiais eles conseguiram controlar com a ‘força’ e a ajuda do mestre Bon Scott. Embora o perigo começa a tomar conta agora. Eles irão para fila do show, um lugar onde há dos mais bondosos seres aos mais maléficos”. Bom, vamos continuar “amiguinhos”.

“Tuuuuuuie”, esta foi à primeira coisa que ouvi após menos de cinco horas de sono. Olho para o meu lado – minha visão ainda embaçada – e meu parceiro de quarto já não estava lá... Olho para a janela semi-aberta, e a chuva continuava cair lentamente (esqueci de dizer no último texto, mas chovia quando chegamos ao hotel), como se o céu chorasse de emoção pelo fato de AC/DC voltar a tocar no Brasil, após 13 anos. Meio desorientado saio do meu quarto, indo até o quarto do Baiano e Rezende, quando abro a porta, vejo que estão todos lá, quase que prontos para sair, todos comentando que o hotel não é tão ruim, por que até canal pornô havia na televisão. Foi quando eu acordei novamente, e cai na real, que SIM, nós todos estávamos a poucas horas do show que iria nos dar uma das maiores satisfações das nossas vidas. E nosso único ‘grito de guerra’, era “BLACK ICE!”, inventado pelo VHS em um momento de total êxtase.

Mal disse “Oi”, e já voltei para o mini-banheiro do meu quarto, mas quando fui tomar banho, não existia água quente. Voltei para o quarto do Rezende e Baiano e tomei banho lá... Eles saíram do quarto e foram para o meu e do VHS. Terminei o banho e fui me trocar, ali no quarto dos piás mesmo, enquanto me trocava, reparei que a janela estava aberta e que uma senhora olhava para mim (sim, foi constrangedor), fechei a janela, que dava de frente para uma vista amedrontadora e voltei para meu quarto. E lá estávamos nós, unidos igual feijão e arroz, queijo e goiaba, pastor e dinheiro (brincadeirinha para descontrair)... Fomos para o carro, e partimos para a fila do show, o chuvisco não parava e nossa ansiedade também não, embora, quem ia ficar na fila durante a madrugada, seria eu e o VHS... Já que o Baiano e o Rezende passaram a noite conversando para não deixar o pobre motorista dormir e fazer todos nós desperdiçar um convite.

Chegamos à fila no Morumbi e a chuva havia cessado, saí do carro eu e VHS... Agora estamos sozinhos, pronto para uma batalha de 16 horas na fila até abrir o portão. Fomos procurar onde seria a nossa fila (portão dois), e descobrimos que éramos os PRIMEIROS da fila dois. Bom, havia um pessoal com barraca acampando lá, mas ali nós o os chamamos eles de fãs-anormais. Pensa comigo porra, os caras estavam pousando na fila a mais de cinco dias, sem tomar banho, deitar e dormir que nem gente, comer comida de verdade, entre outras coisas... Mas, esta é a pira deles, não podemos fazer nada. Ficamos na fila, eu e VHS... Agora era só esperar.

Bom, eu e VHS não queríamos beber um monte, pois queríamos lembrar de todo o show, então íamos pegar cada um três cervejas dos “gambistas de cerveja”, mas eles cobram um absurdo pela desgraça da cevada. Pois bem, VHS deu a idéia de nós irmos procurar cerveja em outro lugar, mas, na verdade EU que tive que procurar. E lá vai o vagabundo aqui andar pelas ruas de São Paulo. Não sei como, mas até eu conseguir achar um maldito posto que era apenas cinco quadras do Morumbi, mas até achar ele eu subi um morro de grama, tropecei em um cadáver de um cachorro, entrei em um beco escuro onde tinha duas pessoas em um carro dando ‘uminha’ e um travecão na esquina perto do posto deu em cima de mim... Ok, quando sai vivo de tudo isto, agradeci muito a Bon Scott. Quando me aproximei do posto, dois caras fumavam embaixo do aviso “Não fume, por favor!”, e um homem enchia a válvula de gasolina. Sabe, a única coisa que pensei naquela hora foi “Caralho, já vi este filme antes” e lembrei-me do filme Premonição (cliquei aqui e veja o trailer). Comprei as cervejas, e voltei seguindo uns roqueiros que voltando para fila também, na sacola deles havia desde vodka barata até vodka mais barata ainda... Realmente eles me davam medo, ainda mais quando vi que eles eram da parte que estava pousando lá.

Voltei e VHS estava lá, agora conversando com um dos seguranças da fila... Seu nome era Jonas... Ele contou alguns segredos legais, como por exemplo: AC/DC chegaria dentro de um caminhão, e não veríamos, e o outro segredo eu tentei comprar dele, mas ele desvendou apenas uma parte, que havia um lugar aonde dava para entrar no Morumbi sem pagar, uma falha em todo o sistema de segurança (cheguei a oferecer cem reais para ele, mas ele não quis arriscar e perder a chance de jogar sua carreira de segurança pelo lixo).

Bom, as horas passavam, e eu e VHS não tínhamos mais o que falar com o segurança, deveria ser umas três da manhã, a fila começa a se formar, e não éramos mais os únicos lá, já havia umas vinte pessoas. Quando acontece algo estranho... Um bêbado roqueiro vem querer puxar papo conosco do melhor jeito possível, ele veio gritando “AC/DC PORRA!”, e nos abraçando. Claro, não íamos jogar o cara e chutar até a morte, então, abraçamos também. O cara fedia uma mistura gorfo (cujo nome de vômito) com álcool de posto, era estranho. O rapaz começou a falar que estava na fila a um tempinho, e blá blá blá, e então, ele fez algo que NUNCA se faz caros “amiguinhos”, ele queria um gole da nossa cerveja... E claro que nós NÃO demos. O cara então começou a falar que NECESSITAVA da cerveja, por que a cerveja era DELE e não NOSSA. E claro, começamos a ficar nervosos, só que o VHS nervoso me dava medo... Sério, ele fechava o punho, olhava para o lado e respirava, enquanto começava a ficar vermelho. Então, o cara olhou para mim, e disse: “Olha, eu vou embora, mas antes, quero tirar uma foto com vocês... Me dá SUA câmera”. Eu dizia não, mas ele insistia. Parecia um velho safado de praça querendo fazer sexo com menininhas menores de idade... Foi quando VHS olhou para ele e disse... “Vou contar até 10 para você sair”, e começou a contar, e o cara continuava lá. Eu olhava desesperado... No numero nove, o cara virou as costas e disse: “Só queria tirar uma foto com você amigos, mas deixa, pode deixar, o de vocês ta guardado”. E foi embora.

A noite passava, e vários loucos passavam entre nós... Ao som de “Minha Vida é o Rock´N´Roll”, dos Velhas Virgens (clica aqui e ouça), tocada por uns caras que estava na fila. Eu percebia que logo estaria no meio de milhares de pessoas gritando “Thunder!”... Quando olho para o lado, VHS dormindo com uma bandeira do AC/DC em seu rosto. Eu também queria conseguir dormir, mas a ansiedade não deixava... Não aquele dia.



Música dedicada a Ronald Belford Scott (Kirriemuir, 9 de julho de 1946 — Londres, 19 de fevereiro de 1980), mais conhecido como Bon Scott, o cara que salvou nós várias vezes de não ver o show do AC/DC aqui no Brasil.

AC/DC - Let There Be Rock

7 comentários:

Chey disse...

oisoaoioasioioas aonde não tem um bebado pra estraga ?!, raxeei demaiss (y). a parte do travecão tbm ;P Beijo léeo ;*

Unknown disse...

que cara boliviano...
AJIÉJIAWEÍJOWEÍOJWAEIOJ´WAEWA

Day disse...

uahsuahsuahsuahs
sempre tem um bebado filho da p...
mas vc naum entrou em detalhes na parte do traveco hen...
v6 sofreram hen pra assistir o taum sonhado AC/DC...

bjaummm

Carol Paes disse...

comentário especial:




e post logo a ultima parte ;)

Diego disse...

VHS SEEEEU BUURRO ._.'

Pelon disse...

ahushuahsuhaushuahsu ctz q esse bebado ainda vai aprontar mto kkkk

ansioso pra ve esse fim ahushauhsuahsuuas

PELON

Felipe disse...

pow nao vaai sai a parte 5 naao ? ou parte finaal sei la...que demoraaa....

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